Mapa da Segurança: Brasil registra recorde de feminicídios em 2024, diz estudo 53656n

Em média, pelo menos quatro mulheres foram assassinadas por dia neste ano devido à violência de gênero
quarta-feira, 11 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

O Mapa da Segurança Pública, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nesta quarta-feira, 11, registrou um aumento nos casos de feminicídio no Brasil, totalizando 1.459 ocorrências em 2024, o maior número da série histórica -, o que equivale a quatro mulheres mortas por dia. O aumento é de 0,69% em relação a 2023, quando foram registradas 1.449 vítimas deste tipo de crime.

De acordo com o mapa, os dados permaneceram relativamente estáveis em 2024 e resultam da violência de gênero, em contextos domésticos, familiares, ou por menosprezo e discriminação relacionados à condição feminina.

Em relação ao estupro, os dados enviados pelas governos dos estados, por meio da plataforma Sinesp VDE, apontaram um aumento significativo no número de vítimas no ano ado, marcando o maior registro dos últimos cinco anos, com um total de 83.114 vítimas e uma taxa de 39,10 casos para cada 100 mil habitantes.

A análise mostra que, em média, 227 pessoas foram vítimas de estupro por dia, sendo 86% delas do sexo feminino. Os dados indicam um crescimento contínuo nos registros de estupro ao longo dos anos. Em 2023, foram registradas 82.204 vítimas.

Em Nova Friburgo, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) foram registrados nove feminicídios em 2024. Em 2025, até abril, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) já registrou quatro casos, o que evidencia o crescimento deste tipo de crime no município.   

Maior concentração de estupros

A Região Sudeste apresentou a maior concentração de crimes de estupros em números absolutos, com 29.007 registros em 2024. Porém, a Região Norte se destacou por liderar a maior taxa de estupro do país, com 62,44 casos por 100 mil habitantes, seguida pelo Centro-Oeste, que registrou uma taxa de 57,73.

A Região Nordeste registrou a menor taxa de estupro no Brasil, com 29,01 casos por 100 mil habitantes. Em âmbito estadual, o maior número absoluto de vítimas de estupro foram registrados em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

Dados do Governo do Estado do Rio mostram redução 

Por conta do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou o “Panorama da Violência Contra a Mulher 2025”, com uma visão geral da violência de gênero no território fluminense nos últimos dez anos. O relatório, desenvolvido pelo ISP-RJ, revela uma redução de 26,3% nos casos de homicídios dolosos (cometidos com a intenção de matar) de mulheres no estado no ano ado. Foram registradas 140 vítimas desse crime, contra 190 em 2023.

No Panorama, são disponibilizadas análises de alguns dos crimes que fazem parte da violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. No ano ado, 140 mulheres foram vítimas de homicídio, uma redução de 26,3%. Além dos homicídios dolosos, 278 mulheres procuraram uma delegacia de Polícia Civil para denunciar que foram vítimas de supressão de documento; 390 de importunação sexual; 4.780 de difamação; 5.013 de estupro; e 37.571 de constrangimento ilegal. Ainda no ano ado, 107 mulheres foram vítimas de feminicídio nos municípios fluminenses e 370 de tentativa de assassinato.

Em Nova Friburgo

Somente até a julho do ano ado, a Deam de Nova Friburgo registrou 563 ocorrências, dentre elas,15 de estupro de vulnerável, 180 ameaças, 29 crimes de Perseguição, e 33 descumprimentos de MPU (Medidas Protetivas de Urgência).  

Como denunciar em Friburgo

A Deam funciona na Avenida Presidente Costa e Silva, no bairro Vila Nova, anexa à 151ªDP . A delegacia é um órgão público da Secretaria de Polícia do Estado do Rio de Janeiro (Sepol) que dedica atenção especial ao atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica, familiar e sexual. Existem 14 unidades em todo o estado, entre elas, Campo Grande, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Rio de Janeiro (centro), São Gonçalo e Niterói.

Há também no município o serviço Tecle Mulher que é uma organização da Sociedade Civil Municipal de Interesse Público. A instituição tem por missão promover globalmente os Direitos Humanos de forma ampla, com ênfase nos direitos e cidadania das mulheres em todas as suas diversidades e vem atuando, dentro de seus objetivos, desde 2006 tendo em seu quadro profissionais capacitados e especializados.

 

* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em dados do G1, Metropoles e ISP-RJ. Supervisão de Henrique Amorim

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