A história começa em 1983, no hotel Copacabana Palace, como uma feira de livros organizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). Desde então, foram 20 edições e 40 anos de encontros, livros e histórias sobre livros.
O período histórico coberto por essas quatro décadas de realização da Bienal Internacional do Rio de Janeiro revela tempos de enorme transformação no Brasil: o fim do governo militar e redemocratização do país, os planos econômicos e as trocas de moeda, a ampliação da telefonia e a febre do celular, a modernização das formas de fazer e vender livros, a abertura de mercado para produtos importados, o surgimento do e-book, entre muitos outros marcos de definição do cotidiano. A Bienal foi espelho para tudo isso.
Em 2023, a Bienal do Livro Rio completou 40 anos. Valiosa por manter o livro no centro da cena cultural brasileira, como experiência ampliada, gregária, compartilhada, inovadora e multimídia, é uma celebração única e aparece com destaque no rol dos maiores eventos literários do mundo.
Alguns dos momentos-chave de sua trajetória longeva confirmam o quanto os livros constroem e refletem a sociedade, e, por outro, atestam a importância da Bienal, sob as perspectivas histórica, cultural e social, tanto para o Rio de Janeiro como para o país.
A vinda de José Saramago logo após a conquista do Prêmio Nobel, o encontro de Jorge Amado e Paulo Coelho, a palestra de Tom Wolfe, a festa no Copacabana Palace com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, a tentativa de censura a um HQ e a reação da sociedade contra a homofobia, a mudança do perfil de público com a tomada da Bienal pelos jovens (quem disse que jovem não lê?), o discurso de abertura da ministra Carmem Lúcia a favor da democracia.
Grandes e inesquecíveis momentos que transformaram a Bienal num marco literário para o Rio de Janeiro, num dos maiores eventos da cidade, um patrimônio cultural para o carioca. Uma caixa de ressonância do melhor do Brasil.
Presente na memória afetiva das pessoas, a Bienal do Livro Rio arrasta multidões e mobiliza gerações a partir de sentimentos muito particulares, além da imaginação, do sonho e da criatividade. Nesta edição de 2025, no ano em que a cidade do Rio de Janeiro é consagrada como ‘Capital Mundial do Livro’ pela Unesco, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país será o ápice das comemorações e vai extrapolar o diálogo entre as diferentes narrativas, trazendo as histórias embaladas por um novo conceito de Book Park, o que promete movimentar ainda mais o evento. E o livro, é claro, permanece como protagonista desse parque de diversões literário.
O Book Park promove o encantamento e torna a celebração às histórias ainda mais imersiva, envolvente, divertida e fluida. Entre as atrações imperdíveis está a “Leitura nas Alturas Light”, uma roda-gigante que traz personagens e trechos de livros contados em áudio, e o “Labirinto de Histórias Paper Excellence”, espaço interativo onde os livros ganham vida de forma lúdica.
Além disso, a “Praça Além da Página Shell”, irá promover o encontro entre leitores, dinâmicas, saraus, celebrações e música na grande área externa central do Riocentro. Outra novidade será o Escape Room Bienal Estácio, cheio de enigmas e desafios, baseados em obras de thrillers de sucesso, para quem adora um mistério!
Esse grande festival já está acontecendo, desde ontem, sexta-feira, 13, e só acaba em 22 de junho, no Riocentro, na Barra da Tijuca. Programa imperdível! Informações em https://www.bienaldolivro.com.br/.
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